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  Minicursos 

MINICURSOS GRUPO 1:

14/09 e 15/09 das 14h às 15h30

OBS: O link para acesso está embaixo do resumo.

 

1. INTRODUÇÃO À GRAMÁTICA DISCURSIVO-FUNCIONAL


Gustavo da Silva ANDRADE (Unesp)
gustavo.s.andrade@unesp.br

 

Funcionalismo. Gramática Discursivo-Funcional. Teoria estrutural-funcional.

A descrição das línguas naturais é a preocupação central dentro das teorias linguísticas (formalistas e funcionalistas). Entender como as línguas se estruturam tem sido uma das principais preocupações dos linguistas, desde os neogramáticos. A interação entre falantes e a forma como os enunciados são codificados/formalizados são fatores de central atenção nesse processo de descrição. Nesse sentido, propomos, neste minicurso, discutir um dos principais modelos de descrição linguística contemporâneo: a Gramática Discursivo-Funcional (GDF). Proposto por Hengeveld e Mackenzie (2008), o modelo gramatical, desenvolvido no seio da Gramática Funcional (DIK, 1997a; 1997b), aborda a linguagem enquanto um instrumento de interação verbal, capturando, assim, as propriedades formais (morfossintática e fonológicas) das unidades linguísticas e as descreve em termos da intenção comunicativa com que são produzidas (aspectos interpessoais e representacionais). A GDF não é uma teoria inovadora, senão pela forma como organiza as características e os atributos, oriundos de outras teorias estruturais e funcionais da linguística (BUTLER, 2003). Portanto, é uma teoria funcional e formal: funcional nas suas bases estruturais; formal em sua representação. Procederemos, neste minicurso, a um movimento tripartite, por meio do qual (i) apresentaremos e discutiremos a organização do modelo teórico, enfocando (ii) a descrição de seus níveis (interpessoal, representacional, morfossintático e fonológico). Ao final, (iii) apresentaremos exemplos de análise do português falado (GONÇALVES, 2007). Dessa análise, formalizaremos uma série de propriedade que delimitam a GDF enquanto teoria linguística, a saber: (i) a forma como organiza a codificação dos enunciados, estruturados de modo descendente, (ii) a concepção de gramática do discurso e do próprio discurso, somada à estruturação da teoria, em camadas e em níveis, e, também, (iii) a interação entre componentes extralinguísticos. Todos esses aspectos fazem da GDF uma das mais ricas teorias linguísticas.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=qKnG2Qok6Xk

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=z5ChdpjVzEw

2. EXPERIMENTALISMO POÉTICO E DITADURA NA AMÉRICA LATINA

Doutor Nuno Miguel NEVES
(Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra)
nunomiguelvasco@gmail.com

Palavras-chave: Poéticas experimentais, Ditadura, América Latina, Resistência

 

Numa época em que o mundo atravessa de novo os perigosos terrenos do populismo e dos regimes com tendências autoritárias, torna-se cada vez mais fundamental revisitar as possibilidades da Arte engajada e perceber como ela, em particular a Literatura, se pode colocar no lugar da denúncia, exercendo uma importante função social como agente de resistência e de produtora de dinâmicas de emancipação. Assim, o presente curso explorará obras das poéticas experimentais produzidas em contexto de ditadura na América Latina, durante as décadas de 70 e 80, sendo dada uma atenção particular ao contexto chileno, argentino, uruguaio, e brasileiro. Através duma análise formal, mas também de uma análise dos contextos de produção, distribuição, e troca de obras, e da discussão das diferentes estratégias (textuais, visuais, pessoais) postas em cena para lidar com os aparelhos censórios e repressivos, será analisada a resposta do movimento experimental a contextos de repressão. Define-se, desde logo, como objectivo do presente curso, refletir sobre a expansão do conceito de literatura. Pretende-se, para além disso, que xs participantes incrementem o seu conhecimento sobre poéticas experimentais bem como conhecimentos relativos à intersecção do fenómeno literário com contextos sociopolíticos mais amplos.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=GStkHfhotN4

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=SIj1ILKkYZI

3. VOZES INSUBMISSAS: FEMINISMOS PLURAIS NA POÉTICA DE MARIA VALÉRIA REZENDE

LOBO, Isabela Rodrigues (UFOP)
isabelalobo@outlook.com

Palavras-chave: Feminismos Plurais; Interseccionalidade; Maria Valéria Rezende.


Resumo: O minicurso propõe uma visão de três produções literárias de Maria Valéria Rezende, nas quais comparecem, de modos diversos, a figuração da mulher às margens no Brasil contemporâneo. Serão analisados os romances: “O voo da guará vermelha”, “Quarenta dias” e “Outros cantos”. O curso ambiciona promover reflexões sobre a escrita “feminina” de Rezende e a perspectiva social da mulher, a interseccionalidade, e, por consequência, os feminismos plurais presentes em sua poética, contemplando especialmente as obras citadas. Maria Valéria Rezende é uma autora contemporânea recente no cenário nacional, possui um projeto literário encabeçado por protagonistas “femininas”, o que contribui para a construção de uma espécie de matriarcado literário. Somado a isso, a escritora é uma das idealizadoras do encontro nacional “Mulherio das Letras”, que promove a literatura brasileira escrita por mulheres. À visto disso, constata-se a forte potência de seu posicionamento feminista – tanto dentro de seu universo ficcional como no cenário literário brasileiro –, o que propicia uma leitura fecunda de suas obras por esse viés. Este minicurso pretende, durante cada hora-aula, expor e discutir uma das obras ficcionais selecionadas, totalizando três horas de duração, que ocorrerão de forma online, ao vivo. Além dessas, durante as aulas, outras obras podem ser mencionadas. O arco teórico sob o qual esse debate se apoia aborda aspectos sublinhados pelos estudiosos Karl Eric Schollhammer, Judit Butler, Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli, Joan Scott, Virginia Woolf e Juliana Santini. A partir dessa introdução ao projeto literário de Maria Valéria Rezende, ao final do curso, espera-se que os alunos possam refletir sobre as faces e a relevância da escrita “feminina” nacional.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=6frGpVDB0QE

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=otAjOoNRRZk

4. PASSAGEIRO DO FIM DO DIA, DE RUBENS FIGUEIREDO: Narrativas em trânsito e sujeitos deslocados na grande cidade

 

VELOSO, Gabriela Lages (Graduanda do Curso de Letras – Língua Portuguesa da UEMA e Bolsista de Iniciação Científica do CNPq.

E-mail: gabriela.1668@gmail.com)

 

Palavras-chave: Literatura Contemporânea. Experiência urbana. Narrativas em trânsito. Sujeitos deslocados.

 

RESUMO: Este Minicurso consistirá na apresentação dos resultados da pesquisa “Passageiro do fim do dia, de Rubens Figueiredo: narrativas em trânsito e sujeitos deslocados na grande cidade”, que faz parte do Projeto de Iniciação Científica intitulado “CIDADE E SUBJETIVIDADE: Representação da Experiência Urbana pela Ficção Brasileira Contemporânea”, coordenado pela professora Drª Maria Iranilde Almeida Costa Pinheiro (UEMA), e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Esse estudo tem, como principal objetivo, investigar a construção simbólica da experiência urbana brasileira, a partir da análise de representação da cidade, no referido texto de Rubens Figueiredo. Para tanto, transitará por várias esferas do conhecimento científico, tais como Teoria Literária, Crítica Literária, História e Sociologia, além do recurso à fortuna crítica que já se formou em torno do tema das cidades e sua representação literária. À vista disso, utilizaremos como
aporte teórico os estudos de Bauman (2015); Candido (1993); Dalcastagné (2015); Lefebvre (2011); Rolnik (2009); Santos (2009); Ventura (1994), dentre outros. Ao longo desse minicurso, analisaremos o romance Passageiro do fim do dia (2010) a fim de identificar a sua configuração narrativa, mas também o modo como a experiência urbana contemporânea é traduzida nesse livro e as implicações dessa escolha. Vale ressaltar que iremos realizar uma exposição dialogada, com o intuito de compreender os traços babélicos que a cidade contemporânea – dispersa, fragmentada, desigual –
carrega consigo. Além disso, é importante destacar que esse minicurso contará com a carga horária de 3 horas distribuídas em dois dias (1h30 cada dia); de modo que, no primeiro dia, faremos uma breve conceituação do termo cidade, bem como investigaremos a representação da experiência urbana na literatura contemporânea; e, por fim, no segundo dia, analisaremos o romance Passageiro do fim do dia (2010), de acordo com os objetivos propostos.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=qm5FGuznH20

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=Oton7q1OnUs

5. LETRAMENTOS LITERÁRIOS E A CULTURA SURDA: A IMPORTÂNCIA DAS TRADUÇÕES, ADAPTAÇÕES E CRIAÇÕES NESTE UNIVERSO FORMATIVO

 

Paula Aparecida Diniz Gomides Castro SANTOS (UFMG Mestra/Doutoranda em Educação; INES Estudante de Pedagogia Bilíngue Português-LIBRAS)
 

E-mail: contatopaulagomides@gmail.com


Palavras-Chave; Letramentos Literários; Literatura Surda; Cultura Surda Escrita.


O objetivo deste minicurso é ressaltar a importância formativa do que se tem chamado de Literatura Surda, definida por Rosa (2011), Karnopp e Machado (2006), dentre outros autores, como histórias adaptadas, traduzidas, criadas ou produzidas que tenham como foco a comunicação de aspectos relacionados aos surdos como a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), abordando a cultura, e a identidade surda. É possível encontrar diversos elementos da cultura surda em adaptações como Cinderela Surda, Rapunzel Surda e O Patinho Surdo e também criações como Um mistério a resolver: O mundo das bocas mexedeiras. De acordo com Bakhtin (2017), a literatura não está deslocada da cultura, devemos considerar não apenas a obra, mas buscar compreender os processos históricos que estão na base de sua constituição. Neste sentido, ressaltamos o potencial desse tipo de literatura na redução de assimetrias e dicotomias como a surdo x ouvinte, em um cenário dominado por ouvintes, que desconhecem preceitos básicos acerca da cultura surda. Essa realidade permanece mesmo após a
oficialização da LIBRAS como língua de comunicação e instrução da comunidade surda pela Lei 10.436 de 2002 e demais dispositivos que garantem acesso a intérpretese ensino bilíngue, devendo ser a LIBRAS a língua primeira de instrução dos cerca de 10 milhões de surdos brasileiros. Assim, nosso objetivo é apresentar essa literatura, contextualizando e discutindo os elementos da cultura surda presentes em alguns livros que serão analisados coletivamente e serão sugeridos para o trabalho com literatura por professores no ensino básico.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=T-Af-l9-Zng

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=uZzYAXOAKA0

6. O FANTÁSTICO EM LITERATURA: NOS TRILHOS DA SOBRENATURALIZAÇÃO DO REAL

 

Ivson Bruno da SILVA
(Universidade Federal da Paraíba) Mestrando em Letras / PPGL


E-mail: ivson_bruno@hotmail.com

Palavras-chave: Teoria da literatura; literatura fantástica; sobrenaturalização do real.


Resumo: O presente minicurso visa traçar discussões teóricas sobre as principais percepções a respeito do fantástico em literatura. A partir de um panorama acerca da evolução das reflexões sobre o gênero, desde os “textos fundadores” de Charles Nodier e Tzvetan Todorov, caminhando pelas leituras de Irene Bessière, Felipe Furtado, Rosemary Jackson, Remo Ceserani, David Roas, Maria Cristina Batalha e Jaime Alazraki, será possível perceber as diversas tentativas de definições e compreensões da sobrenaturalização do real. Apresentando os gêneros vizinhos, os temas, os efeitos experenciados na diegese e no campo social, o discurso e os componente estruturais do fantástico, guiam-se os limites e as fronteiras desse campo da linguagem que deturpa às lógicas da racionalidade humana. Ultrapassando as elaborações sistemáticas da ficção imaginativa, o mais importante dessa proposta será o ponto de encontro nas teorias da fantasticidade: as narrativas, amparadas pela verossimilhança, utilizam-se de componentes do cotidiano empírico para transgredir a visão de realidade, tanto das personagens quanto do leitor, e irrompem os seres e os acontecimentos insólitos que desestabilizam a naturalis ratio. A utilização de slide será o recurso a ser utilizado nesta proposta, embora as discussões orais dos integrantes do minicurso iluminarão o alcance de um debate produtivo em torno das arestas do impossível, do improvável, do misterioso e do inexplicável. Ademais, algumas obras serão mencionadas para exemplificar as questões advogadas a respeito do sobrenatural, como as narrativas de Murilo Rubião. Finalmente, caberá a cada participante, conhecendo algumas marcas investigativas dessa atmosfera misteriosa que se instaura em textos literários, abraçar sua leitura pessoal do que pode ou não ser possível em noites de lua cheia, quando o escuro toma conta das vielas das cidades e das estradas nos matagais, esperando alguma vítima para assombrar.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=31fR__70EvU

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=Bdfk5kOrxZs

7. MANIFESTAÇÕES DE VIOLÊNCIA SIMBÓLICA EM S.BERNARDO, DE GRACILIANO RAMOS

 

Octávio Henrique Chames dos SANTOS (Mestrando – IBILCE/UNESP – Bolsista do CNPq)


E-mail: octaviohenrique994@gmail.com


PALAVRAS-CHAVE: Graciliano Ramos; Pierre Bourdieu; Violência Simbólica; S. Bernardo.


RESUMO: Este minicurso tem como objetivo proporcionar uma pequena e introdutória discussão do conceito de violência simbólica, conforme teorizado por Bourdieu (1930-2002) em obras como A dominação masculina (1998), à luz da presença desse tipo de violência em uma das obras do escritor alagoano Graciliano Ramos (1892-1953), S. Bernardo (1934). Parte-se, portanto, da premissa de que o diálogo entre literatura e sociedade/cultura deve ser valorizado dada a importância da violência na formação da sociedade e da literatura brasileiras, como defende Scholhammer (2013) em Cena do Crime: violência e realismo no Brasil contemporâneo. O percurso metodológico planejado para o minicurso será o seguinte: breve apresentação do escritor Graciliano Ramos e de sua obra, com a atenção especialmente direcionada àquelas consideradas pela crítica suas obras de ficção propriamente ditas, em especial a narrativa a ser estudada durante o minicurso; discussão do conceito de violência simbólica a partir da obra A dominação masculina, de Bourdieu; exposição de algumas das ideias mais consolidadas entre a crítica especializada sobre S. Bernardo, com foco nas considerações de autores como os críticos literários brasileiros Antônio Cândido (1992), em Ficção e confissão, e João Luiz Lafetá (1995), em “O mundo à revelia”, sobre o modo de composição literária do romance e as características de seu narrador, Paulo Honório; análise das manifestações de violência simbólica em S. Bernardo, relacionando-as à discussão sobre a presença histórica da violência na sociedade brasileira; apresentação do referencial bibliográfico utilizado na elaboração do minicurso. Dados o caráter introdutório deste minicurso e a necessidade de uma apresentação sucinta do enredo do romance, recomenda-se fortemente a leitura prévia da narrativa em análise, também para tornar menos abstrata a discussão proposta. O único recurso a ser utilizado será o programa PowerPoint do Microsoft Office para auxiliar na apresentação do minicurso.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=Aq3sn9Q7zEs

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=7sZMv6LQEaA

8. O SOL E O SOM NA CABEÇA: PROPOSTAS DE LITERATURA E MUSICALIDADE

Artur Vinicius AMARO


arturvinicius@letras.ufrj.br
Graduando em Letras: Português – Literaturas

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Brasileira; Funk; Musicalidade

RESUMO: Em sua obra de estreia “O Sol na Cabeça”, Geovani Martins traz uma nova visão de realismo: um olhar para a favela, para a juventude e o cotidiano desses corpos. O mais interessante a se observar nas treze narrativas de Geovane, presentes no livro, é o ritmo de narrar os contos e perceber que esse ritmo é das ruas da favela e que lembra muito o 150 Bpm’s, tendência de produção de Funk amplamente difundida nacionalmente com a explosão do Baile da Gaiola. O objetivo desse curso é pensar o Funk como trilha sonora de “O Sol na Cabeça” e observar como é possível trazer a música como instrumento de intertextualidade com a literatura. A ideia é explorar os múltiplos olhares sobre essas narrativas e observar a musicalidade nelas, refletindo a ponto familiariza-las em ao funk
150Bpm’s e propondo uma espécie de trilha sonora para os contos. Será possível então aproximá-los de uma ótica áudio visual atrativa e identificativa percebendo esses contos não apenas como uma narrativa sobre as favelas, sobre jovens favelas, mas uma narrativa que parte da favela e que usa os espaços e o se território como narrativa musicável para propor uma sequência rítmica entre som e silêncio que seja possível descrever os contos, ou ao menos dar sentido ao ritmo musicável deles. A proposta é principal é dialogar com “Cultura e Representação” e “Pode o Subalterno Falar?” para pensar esses espaços de poder e o lugar do corpo marginalizado em um discurso de poder, que é um livro, trabalhando com conceitos de representação a partir de uma perspectiva pensada por Canclini em “Diferentes, Desiguais e Desconectados”. O curso se dará pela Plataforma Google Meet, observações de trechos de livro “O Sol na Cabeça” e audição de Funks, em especial os podcasts do Rennan da Penha.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=q9donsKR_3M

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=30WuRN4pJPM

9. A PESQUISA LITERÁRIA E AS NARRATIVAS GRÁFICAS: CAMINHOS E PERSPECTIVAS

Ana Karoline da Silva Fernandes DUARTE (UNEAL)
anakaroline.fernandesduarte@gmail.com

Palavras-chave: Literatura. Quadrinhos. Pesquisa.


RESUMO: A seguinte proposta tem como objetivo expor aos participantes pesquisas na área do gênero Quadrinhos, demonstrando como o uso das Narrativas Gráficas pode ser utilizado não apenas no viés linguístico, mas também no literário. O suporte didático empregado é composto por Tirinhas, HQ’s, Mangás e Charges produzidos por Liniers (2002); Quino (1964); Stan Lee (1963); Finger e Kane (1939); Clamp (2001); Laerte (2019) e Aroeira (2020). Ademais, fez-se uso das contribuições teóricas de: Barbieri (2017); Bergson (2001); Eco (1984); Eisner (2005); McCloud (1995); Queiroz (2014); Quino ([1964]2010); Mazur e Danner (2014) entre outros. A motivação para realização deste minicurso fundamenta-se na premissa de que os trabalhos voltados para esta área encontram-se centralizados no campo linguístico, deixando a desejar a diversidade das manifestações que ainda não foram devidamente exploradas dentro deste gênero no campo literário. Dessa forma, busca-se ampliar o panorama de opções para a constituição de novas pesquisas. Para que seja devidamente realizado, o minicurso foi dividido em três momentos: o primeiro traz uma concepção de Tirinhas, Hq’s e Mangás para que possam ser definidos e caracterizados de acordo com seus traços distintos; o segundo baseia-se nas discussões e nas apresentações do estado da Arte no contexto nacional e o terceiro pauta-se no enquadramento de perspectivas de pesquisa em que os quadrinhos podem ser observados. Necessita-se que os participantes disponham de conexão com a internet que possibilite visualização de imagem, vídeo e áudio.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=tl8ayEUKZ4s

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=6nNB0YWKCOw

10. POESIA INFANTIL E JUVENIL: OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DO LEITOR

Luciana Ferreira LEAL (Doutora. Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR- Paranavaí)


luciana.leal@unespar.edu.br

Palavras-chave: Poesia; infantil; juvenil; formação do leitor literário.


RESUMO: O minicurso objetiva estudar a poesia produzida para crianças, compreendendo que poesia infantil é um texto que pode apresentar ritmos e rimas e atrai muito o público ao qual se destina, pois apresenta caráter lúdico. Objetiva também possibilitar a percepção de que as poesias promovem o apreço pela leitura e o interesse pelos textos escritos, uma vez que mexe com o imaginário da criança, levando-a a expressar desejos, sentimentos, descobrindo que se pode brincar com as palavras. Para tanto, o minicurso possibilitará a discussão sobre a brincadeira com as palavras, o ritmo, as rimas, as
sensações, os sonhos e a vivência infantil nos poemas de Sidónio Muralha, Cecília Meireles, Chico Buarque, Elias José, Sérgio Capparelli, Manuel Bandeira, Ricardo Azevedo, José Paulo Paes, Mário Quintana e Elza Beatriz. Em se tratando da poesia Juvenil, o minicurso proporcionará a discussão se há, de fato, uma poesia juvenil e a reflexão acerca de poesias que agradam os jovens, uma vez que a poesia pode cumprir bem a necessidade de experimentar afetos, tensões e angústias, que muitas vezes os jovens acreditam ser somente deles. A experiência com a linguagem poética pode levar os jovens a renovarem os vínculos com a cultura e com a vida. O referencial bibliográfico será o livro Literatura Infantil: gostosuras e bobices de Fanny Abramovich, publicado pela editora Scipione em 1997 e os textos de Maria Zélia Versiane Machado (Depois da poesia infantil, a juvenil?) e de Zíla Letícia Goulard
Pereira Rêgo (A leitura poética e a construção da subjetividade dos adolescentes) publicados no livro Poesia infantil e juvenil Brasileira: uma ciranda sem fim, organizados por Vera Teixeira Aguiar e João Luís Ceccantini (Cultura Acadêmica, 2012). A apresentação se dará por exposição oral. Os poemas discutidos serão compartilhados com antecedência.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=Zb5zTb2ohvQ

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=XSQc-Jw7fw4

11. METODOLOGIAS ATIVAS: REFLETINDO E (RE)ESTRUTURANDO A PRÁXIS DOCENTE EM TEMPOS DE TECNOLOGIA DIGITAL

Izabel Cristina Barbosa de Oliveira (IFAL – Piranhas)
izabel_cbarbosa@hotmail.com
Doutoranda pela UNIDA

Palavras-chave: metodologias ativas, práxis docente; tecnologia digital

RESUMO: Bastos (2006) define metodologias ativas como processos interativos de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, a fim de encontrar soluções para um problema. Estas metodologias de ensino partem da prática para a teoria, neste contexto, a relevância do trabalho do professor é fundamental especialmente na criação de experiências e situações autênticas, mediando o processo de (re)construção de conhecimento (VALENTE, 2002). Ao contrário do método tradicional (ABREU, 2009). A quebra de paradigmas no processo de ensino-aprendizagem propicia a informação consubstanciada em textos, hipermídias, materiais multimodais e outros recursos; as circunstâncias e os espaços físico, virtual, cultural, simbólico e político relevantes para a aprendizagem e a construção do conhecimento (FIGUEIREDO e AFONSO, 2006). Desta forma, o professor contribui para promover a autonomia do aluno em sala de aula, nutrindo recursos motivacionais; oferecendo explicações racionais para a realização de atividades; é paciente com o ritmo de aprendizagem dos alunos (REEVE, 2009). As metodologias ativas têm o potencial de despertar a curiosidade, à medida que os alunos se inserem na teorização e trazem elementos novos, ainda não considerados nas aulas ou na própria perspectiva do professor (BERBEL, 2011). Nesta visão, este minicurso tem por objetivos: refletir sobre a evolução do ensino; conceituar as metodologias ativas; compartilhar ideias e experiências com a utilização de metodologias ativas. Existirão três momentos neste minicurso, primeiramente, um síncrono, mediante exposição oral com o recurso de slides pela plataforma disponibilizada pela organização; outro assíncrono, com o auxílio do Google Classroom, ao qual, todos os participantes terão acesso (mediante liberação do código da sala) à textos, vídeos, atividades e trabalhos. Estes recursos serão fundamentais para o último encontro síncrono, no segundo dia, ondem ocorrerá ocompartilhamento de ideias, experiências e trabalhos elaborados com as metodologias ativas, além do relatos dos participantes sobre o conteúdo disposto no ambiente virtual.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=sftaiJjilIE

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=JLqEBonrSXg

12. BNCC E ENSINO DO LÉXICO: PRÁTICA DE ELABORAÇÃO DE ITENS/ATIVIDADES


Geraldo José Rodrigues LISKA

Universidade Federal de Alfenas
Residente pós-doutoral pela Universidade Federal de Minas Gerais
geliska@gmail.com


Palavras-chave: BNC-Formação. BNCC. Formação Inicial de Professores. Léxico.

Resumo: Objetivamos neste minicurso descrever como as teorias, práticas e experiências sobre o estudo de palavras e sentidos na sala de aula primam pela relevância dos conhecimentos e vivência da realidade social e cultural do aluno, consoantes às exigências curriculares da educação básica. Focamos em um ensino que favoreça as práticas linguísticas do dia a dia, em detrimento somente de memorizar nomes, regras e conceitos. Compomos o nosso referencial de textos legislativos sobre a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2017), e as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial de professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Curricular inicial para a formação de professores da Educação Básica (BNC-Formação) (BRASIL, 2019). Buscamos também um referencial teórico que se apoia em ideias de Silva (2006) e Ferrarezi Jr. (2008; 2010), para o estudo das semânticas de bases cognitivas e culturais, respectivamente, e em textos de Ferraz (2006; 2008), Richards (1976), Sandmann (1989; 1991a; 1991b), no que se refere ao
desenvolvimento da competência lexical. Serão trabalhados os seguintes conteúdos: 1) BNCC, competências e habilidades para o ensino do léxico; 2) BNC-Formação e reflexões sobre o futuro professor de língua portuguesa; 3) Importância do léxico e dos estudos em lexicologia, lexicografia e terminologia; 4) Competência lexical: Prática de análise e elaboração de atividades focadas no ensino. Ao final da oficina, espera-se uma capacitação para além das matrizes curriculares, onde se torna possível romper com os paradigmas conteudistas e desenvolver discussões aprofundadas sobre a valorização do processo de formação de professores. O participante terá ciência de que é possível explorar situações diferentes das previstas nos conteúdos programáticos dos planos de ensino das disciplinas e/ou componentes curriculares.

LINK DO YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=cqCteNtWNiU

LINK DO YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=029__xM2Hmo

13. ELABORAÇÃO DE QUESTÕES DISCURSIVAS PARA FINS DE AVALIAÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA

Norma Barbosa NOVAES-MARQUES (FACERES/FAECA)
nb.novaes@uol.com.br

Palavra-chave: questões discursivas; leitura; escrita; verbos


Resumo: Este minicurso tem por objetivo criar um espaço de discussão sobre a elaboração das denominadas questões discursivas (ou de resposta livre) no contexto escolar. Diferentemente das chamadas questões objetivas (também conhecidas como testes ou de resposta orientada), exigem a construção da resposta por meio da escrita. Quando compostas por estruturas como “Discorra...”, “Discuta...”, “Comente...” e “Disserte...”, por exemplo, tornam-se fontes de tensões e dúvidas entre alunos e professores, motivadas muitas vezes pela imprecisão dos denominados verbos de comando e/ou pela dificuldade em estabelecer critérios claros de correção, dentre outros possíveis fatores. Uma alternativa que pode auxiliar o professor nesse processo, de forma bastante específica, é o Guia de Elaboração e Revisão de Itens, um material elaborado pelo INEP (autarquia federal, vinculada ao Ministério da Educação, responsável pelas avaliações e exames em nível nacional), especificamente para orientar o professor a construir questões com enunciados bem definidos e com possibilidade de estabelecimento de critérios mais precisos para a avaliação. De acordo com essa publicação, uma questão adequada é composta por um texto-base e um enunciado claro e preciso, que permite ao aluno compreender adequadamente a intencionalidade da pergunta. Neste minicurso, iremos apresentar as principais ideias contidas nessa proposta, para então focalizar especificamente as estruturas verbais que compõem os enunciados das questões discursivas, a partir dos quais o aluno identifica, no momento da leitura, as tarefas a serem cumpridas, requisito essencial para construção de uma resposta escrita considera adequada. Para além da identificação das tarefas solicitadas no comando verbal, a análise dos verbos que podem ser selecionados permite ao professor verificar a complexidade da questão elaborada, aspecto fundamental para que ele possa organizar uma avaliação com qualidade técnica e pedagógica que atenda ao seus propósitos educacionais e ao perfil de seus alunos.

LINK DO YOUTUBE (1ª DIA): https://www.youtube.com/watch?v=VZdfvW-A84o

LINK DO YOUTUBE (2ª DIA): https://www.youtube.com/watch?v=sMV1IW_q8xA

14. A LITERATURA AFRO-BRASILEIRA E O CÂNONE LITERÁRIO


Pollyana COSTA (Universidade de Brasília – Distrito Federal)
pollyanassilva@gmail.com

Palavras-chave: literatura afro-brasileira, cânone, silenciamento


RESUMO: A presente proposta de minicurso tem como objetivo provocar a discussão e a reflexão sobre o silenciamento do corpus literário de autores afrodescendentes no cânone literário brasileiro, o que é evidenciado pela quase ausência de estudos das obras de tais autores tanto na grade curricular da Educação Básica, quanto nos currículos dos Programas Oficiais de Literatura Brasileira, mesmo depois da criação da Lei 11.645/2008, que versa sobre a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena na rede de ensino do país. Para isso, no primeiro momento, será apontado um estudo panorâmico sobre a produção literária afro-brasileira, desde meados do século XIX até os dias atuais, com destaque para as obras e autores marcantes de cada período literário compreendido nesse recorte de tempo. Posteriormente, será feita a análise das razões que levaram à invisibilidade de tais autores e obras do cânone literário brasileiro, que tem servido para a manutenção do sistema e dos modelos literários consagrados. Como suporte teórico, o minicurso trará as pesquisas de Duarte (2005; 2014) sobre a trajetória da literatura afrodescendente e as lutas por identidade, bem como os estudos de Bernd (1987) e de Poença Filho (1997) acerca dessa questão. Serão abordados, ainda, as pesquisas de Orlandi (2007) e Ribeiro (2017) sobre a maneira como se dá o silenciamento de obras de autoria afro-brasileira na literatura canônica. Os recursos utilizados para a ministração do minicurso serão apresentação de slides, exposição oral e poderão ser disponibilizadas obras, em PDF, de autores afro-brasileiros que já estejam no domínio-público.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=6r1rS0obJEo

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=RnMfPymqZRc

15.  VEROSSIMILHANÇA E VERDADE

Thiago Henrique de Camargo ABRAHÃO (UNESP/IBILCE)
Doutor em Letras
thabrahao@outlook.com

Palavras-chave: Teoria literária; verossimilhança; verdade; pós-verdade.


Resumo: Ao longo da história, muitos foram os pensadores que levantaram questões acerca da linguagem, dentre os quais os filósofos e os teóricos da literatura. A partir do homem grego, encontramos investigações sobre a narrativa, a verossimilhança e a verdade. Nos dias atuais, momento de criação de novos termos, como o de “pós-verdade”, a discussão sobre o que é a verdade permanece aberta, e, com ela, o debate sobre sua relação, enquanto narrativa, com a verossimilhança. Narrativas sugerem linguisticamente modos de compreensão da realidade humana. Para a teoria literária, compreendê-las exige a distinção entre a verossimilhança externa, ligada ao possível, ao provável da narração, e a verossimilhança interna, caracterizada pela coerência da construção linguística ficcional. Constituídas dessa forma, as narrativas permitem a indivíduos e a sociedades a articulação de verdades, ou seja, construções linguísticas verossímeis que, dentre outros fatores, se diferenciam da ficção porque possuem lastro factual. Em meio a esse panorama, pretendemos investigar como a verossimilhança e a verdade se relacionam nos dias atuais, época cujo âmbito sociopolítico alça à categoria de “verdade” não necessariamente narrativas estabelecidas a partir da realidade concreta, mas sustentadas por lastro ideológico. Estudaremos, por um lado, a verdade como verossimilhança, ou
seja, de que modo a verdade se apresenta como narrativa verossímil; por outro lado, evidenciaremos a verossimilhança como verdade, isto é, como tais narrativas verossímeis (ou não) são transformadas em verdades, notadamente nos dias atuais. Para tanto, encontraremos respaldo teórico nas ideias de, dentre outros, Gérard Genette, Roland Barthes e Antonio Candido, sobre a verossimilhança, bem como de Friedrich Nietzsche, Jacques Rancière e Peter Sloterdijk, sobre a verdade. Assim, poderemos compreender melhor o limiar entre a verdade e a verossimilhança no mundo histórico-social, bem como os seus efeitos, não raro deletérios.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=M1_ENpClHcY

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=T4FASVyD5D8


 

MINICURSOS GRUPO 2:

16/09 e 17/09 das 8h30 às 10h

OBS: O link para acesso está embaixo do resumo.


 

 

 

1. POSSIBILIDADES DE PESQUISA NO CAMPO DOS ESTUDOS CULTURAIS EM EDUCAÇÃO: A LITERATURA ENQUANTO PEDAGOGIA CULTURAL

 

Bruna Agliardi Verastegui (ULBRA)

Mestranda em Estudos Culturais em Educação

E-mail: bruna_verastegui@outlook.com

 

Palavras-chave: Estudos Culturais em Educação. Literatura. Pedagogia Cultural.

 

Resumo: Este minicurso terá como objetivo mapear as possibilidades de pesquisa em literatura dentro do campo dos Estudos Culturais em Educação. De acordo com Hall (1997), a cultura possui caráter central na vida social, interpelando nossas práticas, nosso modo de perceber a si e aos outros e nossas ações na sociedade. Dessa maneira, pode-se afirmar que a cultura também constrói, molda e forma identidades, que são produzidas por práticas discursivas relacionadas à linguagem e a seus significados. Como preconiza Silva (2014), não só a educação pode configurar-se como um espaço pedagógico, mas também outros âmbitos culturais, que trazem em seu escopo uma “pedagogia” que ensina algo e faz com que os sujeitos assumam determinados pontos de vista. Ao encontro disso, Camozzato (2012) refere que a pedagogia está relacionada com um grupo de saberes e práticas que, quando efetivadas, constroem determinadas formas de ser sujeito. Esse conjunto de saberes são conhecidos como pedagogias culturais, que podem ser encontradas em filmes, séries, revistas, músicas, propagandas, livros e demais artefatos culturais em que o poder é propagado e organizado, como defende Steinberg (1997). Sendo assim, a literatura, enquanto uma instância cultural, também propõe formas de direcionar, moldar e transformar os sujeitos, fazendo-os assumir determinadas perspectivas em detrimento de outras. Segundo Fischer e Silva (2018), a literatura é capaz de instituir modificações nas direções que estão diretamente relacionadas aos locais de saber e não-saber instaurados, desacomodando os sujeitos de suas posições atuais e futuras na sociedade. Portanto, este minicurso buscará traçar um panorama dos Estudos Culturais, apresentando seus principais conceitos e autores, sua relação com a área da educação e a intersecção entre Estudos Culturais, Educação e Literatura, a fim de trazer possibilidades de pensar a literatura não apenas como textos escritos, mas como uma instância cultural que possui um caráter altamente formativo e pedagógico.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA):https://www.youtube.com/watch?v=5AewHlepd_4

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA):https://www.youtube.com/watch?v=mUqFDbOoslY


 

2. REPRESENTAÇÕES HOMOAFETIVAS NA LITERATURA INFANTOJUVENIL BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA.

 

SILVA, Luciano Ferreira da (Universidade Estadual do Piauí-UESPI)

lucianosf31@bol.com.br

 

Palavras-chave: homoafetividade; literatura infantil e juvenil; ficção.

Resumo: Estudo e discussão de alguns conceitos e representações da homoafetividade tendo como foco a literatura infantil e juvenil brasileira contemporânea que trata desta temática. Busca-se explanar alguns conceitos de homoafetividade, fazer uma breve explanação sobre as representações da homoafetividade na literatura infantil e juvenil brasileira contemporânea e analisar algumas obras selecionadas, como as de Pedro Bandeira, Ruben Alves, Márcio Baraldi, Flávio Brebis, Plínio Camillo, Wlacyr Carrasco, Marilen Godinho, Márcia Leite, Márcio Martelli, Georgina Martins, Bartolomu Campos Queiroz e Anna Cláudia Ramos. Procura-se alinhar as leituras das obras dos autores de literatura infantil com as prévias discussões teóricas. Para o referido minicurso o referencial teórico principal é constituído das obras: ALBERONI, Francesco. O Erotismo: fantasias e realidades do amor e sedução. São Paulo: Rocco, 1986; BARCELLOS, José Carlos. Literatura e Homoerotismo. Rio de Janeiro:Dialogarts, 2006;COSTA, Jurandi Freire. A inocência e o Vício: estudos sobre o homoerotismo. Rio de Janeiro: Relume- Dumará, 1992; FRY, Peter & MacRAE, Edward. O que é homossexualidade. São Paulo: Brasiliense, 1984; GARCIA, Wilton. A forma estranha: ensaios sobre cultura e homoerotismo. São Paulo: Edições Pulsar, 2000; GOLIN, Celio (Org.) et al. Homossexualidades, cultura e política. Porto Alegre: Sulina, 2002; LOPES, Denilson. O homem que amava rapazes e outros ensaios. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002; SULLIVAN, Andrew. Praticamente Normal: Uma discussão sobre o homossexualismo. São Paulo: Companhia das Letras,1996; TREVISAN, João Silvério. Devassos no paraíso: (A homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade) 5. ed. Rio de Janeiro: Record, 2002 e VIDAL, Marciano. et al. Homossexualidade: Ciência e consciência. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1985.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=OFQ-LpB2hG4

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=aZ1GaCLOtZE

 

3. AVALIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA ORAL EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: DISCUTINDO CONCEITOS E DEFININDO CRITÉRIOS.

 

Diego Fernando de OLIVEIRA (UNESP/IBILCE)

diego.fernando@unesp.br

 

Palavras-chave: Avaliação; Proficiência Oral; Língua Estrangeira.

 

O ensino de línguas no Brasil e o seu insucesso no desenvolvimento da proficiência oral na educação básica é tema recorrente na literatura (ALMEIDA FILHO, 1992; NICHOLLS, 2001; CONSOLO, 2017, por exemplo), sendo possível afirmar que o cenário educacional brasileiro é tomado por um ciclo de déficit linguístico que abrange também o ensino superior e, mais especificamente, os cursos de Licenciatura em Letras (CONSOLO, 2017). Nesse sentido, a avaliação pode desempenhar inúmeros papéis, os quais englobam a manutenção do ensino formativo até a definição das habilidades as quais compõem a proficiência oral almejada a cada etapa da aprendizagem (CAMARGO, 2017), caracterizando-se como um instrumento capaz de alterar o panorama desfavorável para o ensino de línguas no Brasil. O presente minicurso tem como objetivo subsidiar teoricamente alunos de Licenciatura em Letras, professores de língua estrangeira e interessados em ensino de línguas em suas práticas avaliativas a partir da discussão de conceitos fundamentais para a avaliação, assim como da

apresentação e reflexão acerca do uso de critérios empiricamente embasados para testagem da fala, ambos fundamentados em Fulcher (2010), Fulcher (2014) e Upshur e Turner (1999). Dessa forma, serão abordados i) a relação entre a avaliação e as práticas sociais, ii) conceitos teóricos fundamentais da avaliação, iii) a definição da proficiência oral e o papel de construtos em testes e iv) implicações práticas dos aspectos teóricos discutidos. Para a realização do presente minicurso será necessário que os participantes disponham de um computador conectado à internet e tenham uma conta Google para acessar o site Google Meet.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=UgwC0Al5TGk

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=nHtdyyfzwlM

 

4. DICAS DE COMO ABORDAR A PRONÚNCIA NA AULA DE LÍNGUA INGLESA

 

Eliane Nowinski da ROSA

Universidade do Vale do Rio dos Sinos – São Leopoldo

elianedr19@gmail.com

 

Ensino de Pronúncia – Língua Inglesa – Fonologia Cognitiva.

 

Resumo: Estudos (FOOTE et al., 2011; FOOTE et al., 2013; BAKER, 2014; MURPHY, 2014; KIRKOVA-NASKOVA et al., 2013; COUPER, 2016; BAI; YUAN, 2019; entre outros), realizados com professores de inglês (L2), em vários países, revelam que a maioria dos docentes se sente inseguro e/ou incapaz para ensinar pronúncia em razão de não terem tido uma formação voltada para essa finalidade. De acordo com seus relatos, seus cursos de graduação visavam apenas a prepará-los para perceber e produzir os sons e a prosódia da língua inglesa acuradamente e que, quando havia algum momento de instrução sobre o ensino de pronúncia propriamente dito, esta era bastante escassa. Darcy (2018) reforça dizendo que, além da incerteza quanto ao modo de ensinar pronúncia, há questões como a falta de material didático, tempo e suporte instrucional interferindo no ensino de pronúncia. No tocante ao cenário brasileiro, é bastante comum deparar-se com relatos e desabafos de professores acerca de sua insegurança e despreparo para lecionar os sons e a prosódia do inglês, além de destacarem a falta de material didático para esse fim. Diante disso, percebe-se que os docentes brasileiros vivenciam as mesmas angústias que os professores entrevistados nas pesquisas já citadas. Assim, devido a esse anseio por uma orientação a respeito de como ensinar pronúncia em sala de aula, o presente minicurso se propõe a trazer orientações teóricas e sugestões de atividades didáticas que auxiliem o docente a abordar os sons e a prosódia do inglês a partir dos preceitos da Fonologia Cognitiva (LANGACKER, 1987, 2008, 2013), a qual considera falar uma atividade cognitiva fundamentada socioculturalmente. Para a realização do minicurso, far-se-á uso de powerpoint, vídeos e música.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=tLoBByt5Jso

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=m7Z8MdsDr4k

 

5. ENSINO PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS: O PORQUÊ DE UM ENSINO INTERCULTURAL.

 

Eliane Vitorino de Moura OLIVEIRA (UFAL Arapiraca)

eliane.oliveira@arapiraca.ufal.br

 

Ensino de português para estrangeiros; Interação; Abordagem intercultural. 

 

RESUMO: Este minicurso visa capacitar professores para o ensino de português como língua estrangeira (PLE), a partir de uma explanação mais geral das especificidades de seu ensino. Didaticamente, focaremos na abordagem interacional, em uma perspectiva discursiva, antevendo uma compreensão ativa e responsiva da linguagem e do discurso. Em busca de promover uma atitude reflexiva diante das situações de ensino e aprendizagem, as discussões se orientarão no sentido de levar os participantes a perceberem que ensinar PLE é ensinar uma língua clássica, variada e diversificada, falada por diferentes comunidades linguísticas, o que compreende a reflexão sobre as diversas culturas e relações interculturais que a perpassam. De maneira interativa, apresentaremos, após a explanação dos conceitos básicos da abordagem, modelos de atividades para reflexão e tomada de decisões quanto à sua utilização ou não como recurso eficaz para um ensino intercultural. Para tanto, usaremos as unidades didáticas disponíveis no Portal do Professor de Português Língua Estrangeira (PPPLE), uma vez que os materiais didáticos nele disponíveis e acessíveis a professores e alunos foram formulados sob a perspectiva de que o trabalho com língua será sempre uma ação situada, relacionada a contextos reais que orientam um modo de ser e de viver através da linguagem. Esperamos, com as discussões empreendidas, que os cursistas reflitam sobre o ensino, e, sobretudo, a língua, questionando seus valores e preconceitos em relação a si a ao outro – como professores e como alunos –, chegando, assim, à visão intercultural que esperamos ser a comum a todos os professores do PLE.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=t4ol0r_dEnE

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=5cA6PYcnMME

 

6. INTRODUÇÃO À FONOLOGIA HISPÂNICA: TEORIA E PRÁTICA

 

Caio ALBERNAZ (Universidade de Illinois em Urbana-Champaign)

Mestrando

caioa2@illinois.edu

 

Fonologia, Espanhol, dialetologia.

 

O minicurso, ministrado em espanhol, tem por objetivo apresentar aos interessados e interessadas os conceitos básicos de fonologia (e.g fonemas e alófonos, classificação de fonemas, processos fonológicos) e características marcantes de algumas variedades peninsulares (e.g. seseo, ceceo, nasalização de vogais) e latino-americanas (e.g. aspiração, rotacismo, palatalização). Busca-se equipar os professores e professoras de espanhol como língua adicional com repertório teórico e empírico da área de fonologia hispânica de modo a informar a sua prática docente desde um ponto de vista científico. Para o desenvolvimento da parte teórica do minicurso, será usado como referencial o livro do orientador do autor dessa proposta (Los Sonidos del Español de José Ignacio Hualde) e se tomará em conta a fonologia da língua portuguesa de modo comparativo. Desde o ponto de vista metodológico, serão utilizadas técnicas expositivas e colaborativas além de exercícios visando à fixação do conteúdo. Para a parte prática do minicurso, o instrutor apresentará alguns correlatos acústicos utilizados para medições em software específico para análise acústica (Praat). Para tal, o instrutor utilizará elementos de sua atual pesquisa sobre o espanhol em contato com o português na cidade de Rivera, Uruguai e fará medições de oclusivas sonoras com os participantes de acordo com a abordagem gradiente proposta por File-Muriel & Brown (2011) e Ortega-Llevaria (2003). Espera-se, portanto, que os participantes do minicurso providenciem a instalação prévia do software Praat disponível on-line e sem custo no site da Universidade de Amsterdã (https://www.fon.hum.uva.nl/praat/). Será oferecida a oportunidade de os participantes desenvolverem sua própria atividade pedagógica de pronúncia ou habilidade de compreensão oral levando em conta o conteúdo trabalhado nas sessões. O instrutor oferecerá individualmente seus comentários sobre as atividades desenvolvidas.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=lfkM7MH8gIA

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=vourE6_tSAQ

 

7. VER COM PALAVRAS E ESCREVER COM IMAGENS: POESIA E FOTOGRAFIA EM DIÁLOGO

Júlia Cunha Alves CAVALCANTE (Ufal)

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal);

juliacunhaac@gmail.com

Karla Moura da Silva Melanias BARBOSA (UFBA)

Doutoranda em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em

Antropologia Cultural pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Graduada em

Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal);

karlamelanias@gmail.com

Palavras-chave: Poesia, Fotografia, Estudos interartes.

Nos estudos interartes, são inúmeras as pesquisas desenvolvidas acerca da aproximação entre a literatura e outras linguagens, como a música, o teatro, a performance e o cinema. Neste último caso, são constantes as investigações acerca de adaptações de romances para filmes. Contudo, são escassas as pesquisas que se dispõem a analisar os diálogos existentes entre a poesia e a fotografia, diálogos esses que, na nossa perspectiva, seriam capazes de promover um enriquecimento teórico para ambas as áreas. Com o intuito de preencher essa lacuna nos estudos interartes, este minicurso foi engendrado. “Para nós, fotógrafos, as grandes imagens da poesia têm algo de fotografia”, afirma Fernando Lemos, um dos representantes do surrealismo português. É a partir dessa afirmação, aqui adotada como motivo, que objetivamos promover o estudo das principais semelhanças constitutivas entre poesia e fotografia ‒ o tempo, a imagem e a forma ‒, além de analisar algumas das mais significativas obras em que a poesia e a fotografia brasileira dialogam, como os livros O mergulhador (2002), do poeta Vinicius de Moraes e do fotógrafo Pedro de Moraes, e O cão sem plumas (1984), poema homônimo de João Cabral de Melo Neto, publicado com fotografias de Maureen Bisilliat. A fim de abordarmos os principais aspectos em torno das linguagens aqui colocadas em diálogo, recorreremos ao seguinte referencial bibliográfico: O arco e a lira (2012), de Octavio Paz; Sobre fotografia (2004), de Susan Sontag; O ato fotográfico (2012), de Philippe Dubois; A câmera clara (2018), de Roland Barthes; e Fotografia & poesia (afinidades eletivas) (2017), de Adolfo Montejo Navas, único livro teórico publicado no Brasil acerca do tema por nós debatido. Durante o minicurso, faremos uso de apresentações em slides, através das quais exporemos as fotografias e os poemas abordados, a fim de promover o melhor entendimento acerca da análise desenvolvida.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=U7E-AGV_g_o

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=SG3jmddzntc

 

8. MUDANÇAS NO CENÁRIO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL: A CONSOLIDAÇÃO DAS METODOLOGIAS ATIVAS

 

Thayrine NASCIMENTO DA SILVA (UFRPE – Campus sede)

nascimento.thayrine@gmail.com

 

Educação; Metodologias ativas; Aprendizagem.

 

Partindo das contribuições de Bassalobre (2013), o minicurso tem como objetivo refletir sobre as contínuas e rápidas transformações da sociedade atual que exigem um novo perfil docente. A discussão versa sobre o panorama contemporâneo da educação com base nas palavras de Gadotti (2000), analisando algumas perspectivas atuais da área, com o propósito de entender a sociedade da informação. Com base nesse cenário, as metodologias ativas se apresentam como uma possibilidade de construção de um novo processo de ensino que desloca o protagonismo da perspectiva do docente (ensino) para o estudante (aprendizagem). Entre os tópicos abordados estão o contexto histórico do surgimento das metodologias ativas, com base nos estudos de Araújo (2015) e Abreu (2009); a convergência entre as metodologias ativas de ensino e outras abordagens já consagradas do âmbito da (re)significação da prática docente, conforme os estudos de Baldez, Diesel e Martins (2017) e recursos e estratégias de ensino para a aplicação das metodologias ativas, como a sala de aula invertida, segundo estudos de Lage, Platt e Treglia (2000) e Jaime, Koller e Graeml (2015). Na oportunidade, também será discutido o papel da escola como lócus da diversidade e da diferença. O conteúdo será exposto aos participantes através de apresentação em power point. Ao final do minicurso, espera-se dos participantes a compreensão de que as metodologias ativas são práticas pedagógicas que envolvem o próprio estudante no processo de ensino e aprendizagem. Por isso, atividades em que seja possível discutir, escrever, ler, solucionar problemas e ensinar outros estudantes são essenciais. Dessa forma, será possível a consolidação dessas ferramentas no novo cenário educacional que tem sido desenhado na atualidade.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=xs2gTJM9BbE

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=ywsL_WmGbFg

 

9. THE BOOK IS ON THE TABLE! E O ALUNO? NO WHAT’ APP?

 

SOUZA, Jaqueline. (UFBA)

jaquelinenglish@hotmail.com

 

Palavras-chave: Recursos Digitais. Ensino-Aprendizagem. Língua Inglesa. 

 

As pesquisas em nível de Mestrado resultaram na Dissertação: THE BOOK IS ON THE TABLE! E O PROFESSOR? NO PALCO OU ATRÁS DAS CORTINAS?, cujo cerne foi a práxis docente apoiada no livro didático voltado ao ensino de Língua Inglesa e o modo como os professores de Inglês, em escolas públicas do Fundamental II, utilizavam o livro didático – de maneira complementar ou dependente. Diante da atual conjuntura, em que vivenciamos o isolamento social por conta da Pandemia causada pelo Covid-19 e a educação está imersa no ensino remoto e virtual, proponho o minicurso: THE BOOK IS ON THE TABLE! E O ALUNO? NO WHAT'S APP? O conteúdo deste minicurso transita pelo Ensino-Aprendizagem de Língua Inglesa, Formação Docente Continuada e Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TIDCs), bem como é orientado pelos pressupostos da Linguística Aplicada, cujos teóricos: MOITA LOPES, L. P. da. (1996; 1998; 2008); RAJAGOPALAN, K., (2009; 2011) e SIQUEIRA, S., (2011) são alguns dos autores que subsidiam este trabalho. Consistem como objetivos apresentar quais recursos digitais podem viabilizar o ensino remoto nas aulas de Línguas, além de trazer alternativas para o ensino presencial nas Escolas Públicas inseridas num contexto em que a conectividade e as TIDCs ainda podem ser restritas. Outro aspecto fundamental ao apresentar essa proposta é discutir acerca de um questionamento importante – Que temáticas são relevantes para abordar nas aulas de Inglês, de modo a conferir uma aprendizagem significativa, destacando aspectos políticos e socioculturais? O minicurso para ser viabilizado demanda de plataforma digital que permita o compartilhamento de tela, a fim de exibir aos participantes áudio e imagem através de Slides, PDFs, Websites e/ou Vídeos.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=CD4ofG0EWps

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=Z3cRIQsvXp4

 

10. A LITERATURA NA IDADE MÍDIA: OS RECURSOS DIGITAIS COMO POTENCIALIZADORES DE EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM

 

Juliana Pádua Silva MEDEIROS

(UPM, São Paulo - SP)

julianapadua81@gmail.com

 

Palavras-chave: BNCC; Educação Básica; Literatura; Recursos Digitais.

RESUMO: À luz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), este minicurso propõe uma reflexão sobre como os recursos digitais podem contribuir com o trabalho dos professores nas aulas de literatura. Para tanto, a partir das contribuições teóricas de Bacich (2015, 2017 e 2020), Buzen & Mendonça (2013), Camargo & Daros (2018), Citelli (2014), Ribeiro (2016 e 2018), Rojo (2012, 2015, 2019), entre outros pesquisadores, serão apresentadas várias propostas didático-pedagógicas que exploram - desde a Educação Infantil até o Ensino Médio - os diálogos entre as artes, as mídias e as tecnologias. Por meio desse exercício reflexivo, os inscritos poderão vislumbrar como as ferramentas tecnológicas: potencializam as experiências de aprendizagem, possibilitando que as subjetividades dos alunos apareçam, coloquem-se à prova, ensaiem-se, inventem-se e se transformem; permitem criar percursos formativos que valorizam a diversidade de modos de ver, de expressar, de sentir e de pensar; oportunizam a integração de diferentes áreas do saber; coletam dados que facilitam a personalização do ensino; propiciam a avaliação e o acompanhamento das leituras; promovem a colaboratividade e a investigação; favorecem a síntese do pensamento e a retomada de discussões; ampliam as possibilidades de criação de textos poéticos multissemióticos, entre outros. No que se refere aos recursos digitais, propriamente dito, o minicurso irá fazer um passeio por alguns exemplos, tais como: Canva, Edpuzzle, Explain Everything, Flipgrid, Google Forms, GPS Draw, Jamboard, Kahoot!, Just a Line, Long Exposure, LucidPress, Madmagz, Mentimeter, MindMap, Pallet, Path On, Pext, Picasion, Pixton, Powtoon, QR Code Generatior, Quizalise, Quizizz, Rawshorts, Scratch, Socrative, Spark Art, Tagul, Tagtool, VideoScribe, Worldclouds, etc.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=UHZM7BwnEl4

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=rHqJaNBuMXg

 

11. DESCRIÇÃO NA PRÁTICA: CONSTRUINDO PONTES ENTRE ARTE E ACESSIBILIDADE

 

João Vitor de Andrade SOUZA (Universidade de São Paulo)

Bacharelando e Licenciando em Letras

joao.andrade.souza@usp.br

 

Palavras-chave: Acessibilidade Cultural. Curadoria Acessível. Inclusão Social. 

Uma acessibilidade e inclusão plenas somente são alcançadas pela derrubada de barreiras físicas ou arquitetônicas, sociais, atitudinais e/ou comunicacionais nos mais diversos espaços públicos e privados, como escolas, hospitais, museus, parques, cinemas, teatros etc. Especificamente quanto à acessibilidade comunicacional, audiodescrição, Libras e legendas descritivas compõem o tripé da inclusão. A fim de colaborar com a promoção do acesso de pessoas com deficiência em diferentes ambientes, este minicurso pretende oferecer subsídios teóricos e metodológicos sobre os processos de audiodescrição e legendagem descritiva para a realização de uma prática mais inclusiva no ensino regular (SASSAKI, 2005) e nos espaços de cultura (CARDOSO; CUTY, 2012), ambientes de massiva expressão INTERartes. A fim de alcançar esse objetivo, no primeiro dia de formação serão retomadas e/ou apresentadas as definições de acessibilidade e inclusão (BRASIL, 2016) e sua prerrogativa legal em espaços públicos e privados de educação e cultura a partir da Lei Brasileira de Inclusão (BRASIL, 2015), além de apresentadas as definições de audiodescrição (BRASIL, 2016; MOTTA; ROMEU FILHO, 2010) e legendagem descritiva (BRASIL, 2016). No segundo dia de formação, a discussão será retomada pela indicação das principais características da audiodescrição e legendagem descritiva. Haverá a exposição de dicas práticas para elaboração e execução desses recursos com fins didáticos e culturais, acompanhadas de exemplos elaborados pelo autor e/ou disponibilizados em plataformas como o YouTube, além da indicação de softwares facilitadores (Web Capitoner, Mix Caption, entre outros aplicativos). Para isso, a exposição online será acompanhada pela apresentação de slides contendo os tópicos citados e o referencial bibliográfico.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=RyNgyvByC1k

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=TKiRbJHZw_Y

 

12. LITERATURA E ADAPTAÇÕES INTERSEMIÓTICAS: NOVAS PROPOSTAS PARA O ENSINO DE LITERATURA EM SALA

 

Ronaldo Miguel da Hora (EAMPE)

ronaldodahora@gmail.com

Doutorando pela UNADES

Izabel Cristina Barbosa de Oliveira (IFAL – Piranhas)

izabel_cbarbosa@hotmail.com

Doutoranda pela UNIDA

 

Palavras-chave: Textos literários; Adaptação intersemiótica; Multimodalidade.

 

RESUMO: Há uma resistência, por parte dos estudantes, com relação à leitura de textos literários clássicos em sala de aula, atividade vista como um desafio pelos professores. A adaptação intersemiótica aparenta ser uma saída para o aparente fracasso da leitura, abrindo novas possibilidades para a formação de leitores e apontando um caminho para a sobrevivência de obras literárias (LEFEVÈRE, 2007). Esta adaptação consiste na leitura da obra e sua releitura a partir de outras linguagens, como: quadrinhos, audiovisual (audiolivro, desenho animado, curta e longa metragem), desenhos ou fotos de maneira geral. A cultura contemporânea apoia-se na imagem, colocando o texto em segundo plano (Freitas, 2013), desta forma, existe uma necessidade de se trabalhar estes textos de uma maneira mais atrativa. O prazer pela leitura também pode ser ensinado, segundo Kleiman e Moraes (1999) a partir de uma abordagem de leitura que leve o aluno ao prazer da descoberta. Para isso, a leitura deve ser encarada como um jogo, uma atividade lúdica para o aprendiz. Segundo Dalvi (2013) sempre é que possível atualizar o texto literário, dar uma nova roupagem ao texto, reinventando-o. Os objetivos deste minicurso são: mostrar algumas adaptações intersemióticas já existentes; utilizar recursos multimodais no processo de adaptação intersemiótico; e propor oficinas de adaptação intersemiótica em sala de aula a fim de formar leitores. Para tanto, os organizadores, abordarão temas sobre o ensino de literatura em sala de aula, adaptação intersemiótica e multimodalidade. Em seguida, serão expostos alguns clássicos da literatura, tanto nacional como internacional, no original e algumas adaptações intersemióticas. Para cada adaptação, serão analisados quais aspectos multimodais foram utilizados e como estes podem aprimorar o processo de adaptação, adequando-os a novos gêneros textuais. Os participantes devem escolher um clássico literário, para cada tipo de modalidade e escolher 01 (uma) linguagem para a adaptação, diferente da original.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=Bb7334G2Rfo

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=mSc6D9vYP2Q

 

13. LITERATURA E CINEMA: OS PROCESSOS DE ADAPTAÇÃO FÍLMICA EM A HORA DA ESTRELA

 

Ray da Silva SANTOS

(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)

ray.letras@hotmail.com

Débora Wagner PINTO

(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)

debora.psycho@gmail.com

Romério Novais de JESUS

(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)

danty-ba@hotmail.com

PALAVRAS-CHAVE: Adaptação fílmica; A Hora da Estrela, Clarice Lispector;

Suzana Amaral.

 

O minicurso tem como objetivo discutir a respeito do processo de adaptação cinematográfica de obras literárias. Para isso, no primeiro encontro, realizaremos a apreciação de um trecho do livro A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, seguido de um breve debate sobre seus aspectos linguísticos e narrativos. Já no segundo encontro, cada participante ilustrará o trecho lido anteriormente, por conseguinte, solicitaremos a apresentação individual da ilustração que fora feita, na qual questionaremos sobre os aspectos que cada integrante buscou ressaltar da personagem Macabéa. Logo após, exibiremos trechos do filme (fotogramas), para realizarmos uma discussão sobre o processo de adaptação, enfatizando que, conforme Betton, em seu texto Estética do Cinema (1987), adaptar se refere ao nascimento de uma outra obra com um registro de linguagem diferente, portanto, se trata de uma outra arte diferente daquele determinado livro ao qual se teve a inspiração. Nisso, o autor destaca que a literatura é altamente subjetiva, desencadeando diversas interpretações em cada leitor, consequentemente, o filme será fruto da interpretação pessoal do diretor junto com os elementos que compõem a sua sintaxe: interpretação, cores, trilha sonora e dentre outros itens. Sobre a interpretação pessoal de cada leitor, Freud e Lacan nos vem mostrar que o sujeito nasce pela linguagem e se desenvolve na linguagem, bem como, em toda sua relação com o meio, está em busca de realizar seus desejos, por isso, projeta suas experiências sensoriais nos objetos que o cercam. Após a realização da atividade, desejamos conseguir “descobrir” juntos que a Macabéa de Clarice Lispector é totalmente diferente da Macabéa apresentada no filme de Suzana Amaral, como também diferente de todas as Macabéas que construímos no minicurso, visto que a personagem possui um pedacinho de cada leitor. Os recursos são: datashow, caixa de som, notebook, trechos do livro em pdf, lápis de cor, folhas de ofício, lápis, borracha, apontador, caneta.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=EVJypc7587c

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=-gjwNIEOSmE

 

MINICURSOS GRUPO 3:

16/09 e 17/09 das 19h às 20h30

OBS: O link para acesso está embaixo do resumo.

 

1. INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS PÓS-COLONIAIS

 

Davi Silistino de SOUZA (Unesp/Ibilce, doutorando)

dsilistino@gmail.com

Marco Aurelio Barsanelli de ALMEIDA (Unesp/Ibilce, doutorando)

marcoaurelio_maba@hotmail.com

 

Palavras-chave: pós-colonialismo; Frantz Fanon; Edward Said; Gayatri Chakravorty Spivak.

 

Resumo: Os recentes casos de violência policial direcionados a corpos negros despertaram e intensificaram uma discussão antiga nas sociedades ocidentais: a manifestação de hierarquias opressivas em países anteriormente colonizados. A percepção, por exemplo, da existência de um racismo estrutural e da necessidade de uma postura antirracista, ainda que em destaque em 2020, já vem sido discutida por teóricos da abordagem pós-colonial há um certo tempo. O campo de estudos do pós-colonialismo envolve a realização de uma reflexão e um debate sobre os efeitos deixados pelo colonialismo principalmente nos países que sofreram colonização. Buscaremos, no minicurso proposto, despertar tais reflexões acerca desses corpos colonizados, bem como contextualizar esses estudos a partir das ideias de alguns de seus principais autores e autoras. Baseados em observações feitas a partir dos textos Deus das pequenas coisas (1997), de Arundhati Roy, e Metamorfose (1988), de Geni Guimarães, tencionamos evidenciar de que maneira tais teorizações podem contribuir na análise de contos e romances, ao revelar uma intensa presença de hierarquias opressivas, como o racismo e o machismo, resultantes de heranças do sistema colonial. Para tanto, utilizaremos Fanon (2008; 1968), a fim de tratar de como a ideologia racista é implantada nos países colonizados e como o indivíduo subalterno pode resistir a esse sistema; Spivak (1999), para compreender como se dão as questões de gênero no contexto pós-colonial; Said (2007), de modo a demonstrar como a representação do oriente foi uma construção europeia, a qual precisa ser criticada; Hall (1996), concernente ao conceito de identidade num mundo pós-colonial; e Appiah (1993), no que tange a criação da ideia de raça para criar uma identidade africana. O recurso a ser utilizado será a apresentação por power point, de modo que handouts serão disponibilizados aos alunos. Teoria: Frantz Fanon, Kwame Anthony Appiah, Stuart Hall, Edward Said, Gayatri Chakravorty Spivak. Literatura: Arundhati Roy - Deus das Pequenas Coisas; Geni Guimarães - Metamorfose; Kwame Anthony Appiah - Na casa do meu pai: a África na filosofia da cultura; Stuart Hall - Cultural Identity and Diaspora; Gayatri Spivak - Postcolonial critique, Edward Said - Orientalismo, Frantz Fanon - Peles Negras, Máscaras Brancas.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=wwgH9Vo3ibM

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=-IxfhkL9TD0

 

2. VIOLÊNCIA NA LITERATURA BRASILEIRA E OUTRAS ARTES: ENCRUZILHADAS E CAMINHOS DE RESISTÊNCIA   

 

Tauane Nunes ALAMINO (UNESP - São José do Rio Preto)

tauane.alamino@unesp.br

Murilo Augusto Giova da SILVA (UNESP - São José do Rio Preto)

murilogiova@gmail.com

 

palavras-chave: violência; feminismo interseccional; interartes; 

 

Utilizando como fundamentação acerca do conceito de violência obras como: O que é violência (1893), de  Nilo Odalia, e Violência: seis reflexões laterais, de Slavoj Žižek (2015), entre outras, e discussões sobre feminismo interseccional do ponto de vista de Carla Akotirene em Interseccionalidade (2019) e do feminismo marxista de Silvia Federici com Calibã e A Bruxa: mulheres corpo e acumulação primitiva (2017), O Ponto Zero da Revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista (2019), Mulheres e a Caça às Bruxas: da Idade Média aos tempos atuais (2019), serão apresentadas algumas considerações sobre violências no contexto brasileiro, analisando de que modo o fenômeno é representado na literatura e outras artes. A partir do romance O invasor e da adaptação cinematográfica da obra, e da peça Zona Contaminada, de Caio Fernando Abreu, apontaremos algumas possibilidades de representações da violência na literatura e outras artes. Por meio da comparação do romance, do filme e da peça selecionados com outras obras nacionais, realizaremos generalizações a respeito das formas como os diversos tipos de violências são retratados nas obras, discutindo como fatores de classe, gênero e raça influenciam os modos como essas violências são construídas nos textos.  As discussões serão orientadas pelas seguintes questões: 1. O que é violência? 2. Quais os tipos de violência presentes nestas obras e por quais mecanismos de linguagem elas são apresentadas? 3. Quais as implicações quando consideramos recortes de gênero, classe e raça na análise das violências presentes nas obras? 4. Existem caminhos de resistência? Quais? Espera-se, com isso, levantar questionamentos sobre a presença de violências nas artes, e partindo da perspectiva do feminismo interseccional, pensar modos de contribuir na construção de uma sociedade menos violenta para toda e qualquer pessoa.

 

3. O LADO NEGRO DA FRANÇA: UM PANORAMA DAS ARTES FRANCÓFONAS DE ORIGENS AFRICANA

 

Profa. Ms. Monelise Vilela PANDO (UNESP)

monelisee@gmail.com

Patrícia Oliveira CARVALHO (UNESP)

oliveira.carvalho@unesp.br

 

Palavras-chave: Africanidades; Artes francófonas de origens africana; Decolonialidade;

 

A escolha e o interesse por uma cultura ou um idioma passam por um caminho de diálogo e identificação que, muitas vezes, pode ser repleto de clichês. A língua francesa e o universo simbólico e cultural que ela aporta são representantes primeiros de uma visão de mundo eurocêntrica e colonizadora. Nome fundamental na História da Arte, a França do imaginário das artes luxuosas apresenta, de forma cada vez mais patente, o caráter de uma história de mão única, com a qual histórias de outras perspectivas buscam espaço para diálogo. As artes africanas, que vêm se apropriando do idioma francês para contar suas histórias, o fazem de infinitas formas e por diversos caminhos, levantando os mais necessários debates sobre racismo e políticas opressoras. Dessa forma, o minicurso tem por objetivo discutir e contrapor a presença homogênea do referencial artístico-intelectual branco em relação à invisibilidade e ao apagamento sistêmico do registro artístico-intelectual negro no ensino da língua francesa e nas artes de expressão francófona, visando a propor um enegrecimento das referências do estudo de língua e cultura francófonas. Para isso, serão abordados os processos de colonização que implicaram a herança colonial da língua francesa aos povos colonizados e escravizados, sendo a maior parte deles pertencentes à África. Além de conceitos como a branquitude, o pacto da branquitude, o epistemicídio, a decolonialidade e a descolonialidade, bem como o racismo que entremeia e corrobora tal processo de invisibilização. À luz das ideias de Françoise Vergès, Chimamanda Adichie, Grada Kilomba e demais nomes da fortuna crítica produzida sobre as artes africanas, pretende-se realizar um breve panorama espaço- temporal que permita expor e apresentar alguns dos questionamentos, posicionamentos e produções das artes negras de expressão francesa.

 

4. PLICKERS: CULTURA DIGITAL, ENSINO E INTERATIVIDADE

ARAUJO, Fabiano da Silva (UNESP – Bauru)

f.araujo@unesp.br

SANT’ANNA, Daniel Vieira (UNESP – Bauru)

daniel.santanna@unesp.br

SANT’ANNA, Daniele de Fátima Fuganholi Abiuzzi (UNESP – Bauru)

daniele.abiuzzi@unesp.br

 

Palavras-chave: Cultura digital. Ensino. Interatividade. QR Codes.

 

As tecnologias digitais têm grande influência nas relações sociais, econômicas e principalmente educativas. No contexto atual, o ambiente escolar exige dos docentes uma compreensão e interação da cultura digital e como ela afeta a educação, fazendo-se necessário reconhecer e pensar sobre suas práticas envolvendo o uso dos recursos tecnológicos de forma crítica, criativa e significativa. Buscamos com essa experiência formativa, favorecer o uso de recursos tecnológicos de forma didática e pedagógica, oportunizando espaços de reflexão, autoria e formação direcionado para a mediação de atividades através de ferramentas digitais de forma atrativa, lúdica e educativa. Frente a esta realidade, o minicurso proposto tem como objetivo apresentar a metodologia de uso do aplicativo Plickers e suas possibilidades de incluir a tecnologia nas aulas das escolas públicas, promovendo maior envolvimento dos estudantes com os objetos de conhecimento do ensino fundamental. Para elaboração utilizamos a leitura de Lévy (2010) que evidencia os impactos das tecnologias na aprendizagem. É preciso que os professores consigam adequar-se às distintas competências tecnológicas do “aluno digital”, fluente nas ferramentas tecnológicas disponíveis e, para esta compreensão ser mais significativa, utilizamos os referenciais de Prensky (2012) que contribui para maior engajamento com os nativos digitais. Rojo (2013) evidencia as diversas relações com o conhecimento, cada vez mais descentralizado, disperso, aberto e distribuído. Buscou-se com Walsh (2019) e Miller (2019) fundamentar práticas que consigam otimizar a aprendizagem baseada no uso dos QR Codes a nortear diálogos para a construção de atividades que tenham em sua essência interatividade e ludicidade. Os recursos materiais necessários para a realização deste minicurso são computadores que, de preferência, possuam microfone e câmera a serem utilizados como ferramentas mediadoras das interações propostas. Espera-se que a proposta desta formação chegue até a sala de aula causando impactos positivos sobre a cultura digital nos estudantes de escolas públicas.

 

5. (CANCELADO) CAMINHOS DE RESISTÊNCIAS: IMPRENSA ALTERNATIVA E CINEMA MARGINAL

 

Isis ROST (Mestranda em Letras – UESPI)

Idrost55@gmail.com

Palavras-chave: Contracultura e Ditadura. Imprensa Alternativa. Cinema Marginal.

 

Como oposição e crítica ao regime militar, instaurado através do golpe de 1964, surgem no Brasil diversas articulações, chamadas “contraculturais”, observadas principalmente entre 1968 – 1974, justamente após o embrutecimento da ditadura, em decorrência da instituição do AI5. O objetivo deste minicurso é destacar a Imprensa Alternativa e o Cinema Marginal como peças fundamentais nas movimentações para compor o processo de resistência, articulado em diversos setores culturais, diante dos mecanismos de repressão da ditadura militar. A metodologia está orientada da seguinte forma: primeiro, serão expostos em linhas gerais aspectos pertinentes da contracultura no Brasil, e como esta movimentação se espalha por diversos setores da criação cultural, como a literatura, o teatro e o cinema, através de abordagem ao chamado Cinema Marginal, usando como base da discussão o filme Terror da Vermelha, filmado em 1972 por Torquato Neto, nos moldes experimentais característicos do universo do cinema marginal, proporcionado pelas possibilidades do Super 8. Finalmente, faremos observação acerca da Imprensa Alternativa e sua influência naquela geração, focando a Flor do Mal, revista que surgiu em 1971, na órbita do semanário O Pasquim, com existência independente e efêmera, e a Navilouca, elaborada por Torquato Neto e Waly Salomão, programada num único número. O referencial teórico é elaborado através de interpretações da contracultura partindo de Hollanda (1981), Favaretto (2019) e Coelho (2010). Propomos uma observação sobre a importância dessas manifestações no contexto da contracultura, que era um momento de acirramento da repressão, de forma que a transgressão e a recusa passam a incorporar cada vez mais aspectos do corpo e do comportamento. Num momento como este que vivemos, onde experimentamos a tentativa de recuperação de noções conservadoras e de controle, é extremamente necessário o resgate da proposta da contracultura, fundamental para orientar a resistência e se contrapor a qualquer possibilidade de retorno dos regimes autoritários.

 

6. CAMINHOS PEDAGÓGICOS PARA A LITERATURA AFRO-BRASILEIRA: ABORDAGENS PRÁTICAS E TEÓRICAS

 

Lara Santos Rocha (Mestranda USP) 

lara.rocha@usp.br

Esdras Soares da Silva (Mestrando USP) 

esdras.soa@gmail.com

 

Palavras-chave: Literatura afro-brasileira; Lei 10.639/03; Educação das relações étnico-raciais; Educação antirracista.

 

Tomando como princípio a Lei 10.639/03 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, este minicurso tem como objetivo construir uma abordagem conceitual e histórica da literatura afro-brasileira; compartilhar parte do repertório intelectual e artístico de autoria negra no Brasil; difundir concepções, caminhos e possibilidades de ensino da literatura afro-brasileira e formação de leitoras/es; e contribuir com a construção de uma educação antirracista, levando-se em conta o racismo brasileiro em suas especificidades e mais diversas formas de representação. A proposta é oferecer uma formação direcionada a professoras/es atuantes ou em formação e interessadas/os em geral, sobre literatura afro-brasileira e estratégias de trabalho em sala de aula. O minicurso será dividido em dois encontros: o primeiro abordará o conceito de literatura afro-brasileira, considerando o histórico de representação da população negra na literatura brasileira; no segundo, buscaremos construir estratégias de trabalho em sala de aula, a partir de experiências e propostas práticas. Dessa forma, os encontros objetivam o enriquecimento teórico frente à escrita de autoria negra no Brasil e os seus desdobramentos para um contexto formativo. Para sustentar teoricamente nossa proposta, nos apoiamos nos trabalhos de bell hooks (2013), que versa sobre uma educação emancipadora e que inclua a noção de gênero, raça e classe nas propostas pedagógicas. Sobre as reflexões sobre educação das relações étnico-raciais e especificidades da questão racial no Brasil, ancoramo-nos nas contribuições de Nilma Lino Gomes (2017) e Kabengele Munanga (2005). Em relação aos aspectos teóricos da literatura afro-brasileira, partimos das obras de Eduardo de Assis Duarte (2007) e Luiz Silva - Cuti (2010).


 

7. A MULHER E O DIABO: CIÊNCIA E MISTICISMO NA LITERATURA FIN-DE-SIÈCLE

 

Camila Cristina DOS SANTOS

camila.cristina@unesp.br

(Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” - UNESP/IBILCE)

Mestranda em Letras

Orientador: Prof. Dr. Pablo Simpson Kilzer Amorim

Leonardo AMORIM

leonardoamorim25@hotmail.com.br

(Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” - UNESP/IBILCE)

Mestrando em Letras

Orientador: Prof. Dr. Pablo Simpson Kilzer Amorim

 

PALAVRAS CHAVES: Joris-Karl Huysmans; Literatura francesa; ocultismo; loucura feminina.

 

RESUMO: O presente minicurso abordará a mulher, o oculto e o misticismo nas obras de Joris-Karl Huysmans. Partindo de dois de seus romances: Às Avessas (2009) e Nas Profundezas (2019), publicados, respectivamente, como À Rebours, em 1884 e Là-bas, em 1891. O interesse dos autores do fin-de-siècle francês pelo oculto colocou-se, segundo Luis Antônio Amaral (2009), como um dos temas mais recorrentes na literatura deste período, também conhecido como decadentismo. É neste período que inúmeras sociedades secretas e satânicas inserem-se no cotidiano, com casos aparecendo em noticiários de jornais, despertando, nos meios intelectuais, debates sobre suas origens e o desenvolvimento de seus rituais. O interesse expande-se para todo os assuntos metafísicos, recorrendo, muita vezes, ao próprio cristianismo e personagens deste, como o Diabo. Além do interesse pelo oculto, outro traço constitutivo da literatura do período é a forma simbólica na qual se dava a representação da mulher, sobretudo por meio de sua patologização, em que vemos personagens femininas sendo permeadas pelos aspectos da loucura e comumente sendo descritas como histéricas. O corpo feminino, então, se torna objeto de análise e atravessado pelo discurso científico tanto na literatura quanto na sociedade, uma vez que a relevância sobre o funcionamento do corpo se tornava cada vez mais significativa, em decorrência, principalmente, do advento da psiquiatria moderna com Charcot. Assim, ao trazermos duas propostas de análise contrastantes sobre as obras mencionadas, o oculto e a loucura feminina, tentaremos evidenciar os dilemas e os contrastes. Pretendemos, assim, apresentar estes dois importantes temas para a literatura do final do século XIX, explorando seus personagens e fazendo uma relação com o contexto de produção, ora composto pelo discurso científico, inserido pelo das ciências cognitivas, ora permeado pelo debate considerável acerca do misticismo emergente nas sociedades ocultas manifestadas neste período.

 

8. LITERATURA INCLUSIVA: IMPORTÂNCIA E DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS DEFICIENTES VISUAIS E AUDITIVOS

 

Emily Nycole Ribeiro de OLIVEIRA (Unesp)

emily.ribeiro@unesp.br

Ingrid Milena de MELO (Unesp)

ingrid.melo@unesp.br

Isabelle Maschio REIS (Unesp)

isabelle.maschio@unesp.br

 

Palavras-chave: Literatura Inclusiva, deficiência visual e auditiva, democratização da literatura.

 

A literatura, segundo Antonio Candido (1972; 1995), configura-se em uma força humanizadora que deveria ser assegurada a todos, enquanto um direito básico, uma vez que age com o impacto indiscriminado da própria vida na construção da educação e formação individual. No entanto, percebe-se que o acesso ao mundo literário e artístico, no geral, tem-se mostrado pouco inclusivo, mesmo diante da criação e do avanço de tecnologias assistivas. Pensando nessa problemática, a presente proposta de minicurso objetiva discutir sobre a urgência, bem como a possibilidade da democratização do acesso à literatura, voltada, especificamente, aos deficientes visuais e auditivos, numa tentativa de promover a inclusão nesse meio. Para isso, convidaremos os participantes a refletirem sobre o que significa e qual é a importância da literatura e da arte em nossas vidas. Em seguida, apresentaremos, a partir de relatos pessoais e pesquisas, os inúmeros desafios enfrentados pela comunidade surda e cega (parcial ou total), no que se refere ao consumo de qualquer tipo de arte. Além disso, indicaremos livros, filmes, séries, etc, disponíveis que colaboram não só com o processo de inclusão, mas também com a representatividade de PCD’s. Problematizaremos, ainda, a carência de estudos referenciais na área e de materiais didáticos/pedagógicos adaptados dentro das escolas, onde o contato tanto com a literatura quanto com a arte deveria ser garantido aos alunos em processo de desenvolvimento educacional e social. Por fim, discutiremos, coletivamente, propostas exequíveis para a promoção de uma literatura mais inclusiva em todos os âmbitos. Tudo isso, portanto, será realizado através de recursos midiáticos, tais como apresentação de slides e reprodução de áudios/vídeos, via Google Meet.

 

9. VIOLÊNCIA, TERROR, INSÓLITO: UM OLHAR SOBRE A NARRATIVA DE MARIANA ENRÍQUEZ

 

Rodrigo de Freitas FAQUERI (Instituto Federal de São Paulo)

rodrigofaqueri@ifsp.edu.br

Daniele Ap. Pereira ZARATIN (Universidade Presbiteriana Mackenzie)

daniele_zaratin@yahoo.com.br

 

Literatura. Violência. Terror. Insólito.

 

O presente minicurso almeja refletir sobre a violência, o terror e o insólito presentes em dois contos da autora argentina Mariana Enríquez: “Chico Sucio” e “Bajo el agua negra”. Pertencentes ao volume de contos Las cosas que perdimos en el fuego, publicado em 2016, ambas as narrativas escolhidas apresentam ao leitor enredos estruturados por um tipo de terror que se origina e intensifica, sobretudo, por causa de uma hiperbólica violência cotidiana e pela emersão do elemento insólito, resultando no desequilíbrio psicológico, bem como na decomposição, mutilação e desaparecimento dos corpos. Dessa forma, por meio da análise dessas duas narrativas, esperamos suscitar diálogos crítico-interpretativos acerca dos procedimentos formais e temáticos presentes nessas obras da escritora argentina de modo a nos possibilitar, por um lado, reflexões sobre as singularidades dessa escrita ficcional e, por outro, o vislumbre da produção literária argentina escrita na atualidade. Para tanto, o referencial bibliográfico utilizado se baseará, para mencionar apenas alguns exemplos, em estudos sobre a violência (Karl Erik Schollhammer, Ariel Dorfman e Tânia Pellegrini), sobre o insólito e suas vertentes (Flavio Garcia, David Roas, Remo Ceserani e Filipe Furtado), sobre a literatura argentina (Pablo Javier Ansolabehere e Elsa Drucaroff) e sobre a obra de Mariana Enríquez (Pampa Áran e Eleanor Marie Hodgson). Por se tratar de um curso que acontecerá totalmente online, os recursos a serem utilizado serão um computador com acesso à internet, bem como materiais para anotação, caso o discente julgue necessário, como caderno e caneta. Com isso, esperamos iluminar perspectivas interpretativas sobre a obra dessa importante escritora latino-americana da atualidade.

 

10. A ESCOLA COMO ESPAÇO DE ARTE, LIBERDADE E CONSCIÊNCIA: POR UMA CULTURA DE LETRAS EM EDUCAÇÃO CIENTÍFICA-HUMANIZADORA

 

Meire Oliveira SILVA (UNIOESTE)

schumersbooks@gmail.com

Ana Carolina CANGEMI (UFTM)

ana.cangemi@uftm.edu.br

 

PALAVRAS-CHAVE: LETRAS. LITERATURA. LINGUÍSTICA. EDUCAÇÃO.

 

RESUMO: A proposta deste minicurso é suscitar reflexões acerca de experimentações voltadas, especialmente à área de Letras e suas possibilidades de abordagem no âmbito escolar. A interação com linguagens artísticas e saberes, para isso, são fundamentais. Entre literatura, música, artes plásticas, entre outras, algumas hipóteses serão levantadas a fim de analisar aspectos temáticos e formais de diversos sistemas de linguagem, bem como investigar procedimentos estéticos e recursos narrativos concernentes a estruturas artísticas e discursivas. Nesse sentido, o levantamento de preocupações metodológicas será realizado a fim de buscar clareza nas aplicações teóricas na análise do corpus utilizado a ser composto especialmente por produções que remetam à Idade Média, especialmente no que se refere à representação da mulher, estendendo o alcance também a movimento artísticos que façam tais alusões ao período, como o Romantismo, o Modernismo e outras manifestações artísticas da Contemporaneidade. É preciso ressaltar que textos medievais documentais e produções trovadorescas, tais quais as cantigas e novelas de cavalaria, disseminaram culturalmente os ideais de comportamento cortês que se tornou um modelo até hoje tratado pelas letras em suas interfaces. Por meio da observação dessas manifestações, relações são traçadas como possibilidades metodológicas na vivência escolar. Portanto, através de abordagem teórica e prática, este minicurso curso, como vivência artística, objetiva suscitar, tanto a participação quanto a reflexão científica e a criação, de modo a propiciar o debate dos presentes envolvidos no processo de produção e análise dos processos presentes nos diálogos entre Literaturas, Artes e Linguística e as possibilidades de aplicação em âmbito escolar.

 

11. AS AULAS DE REDAÇÃO NO CONTEXTO PÓS-PANDEMIA: ESTRATÉGIAS E POSSIBILIDADES PARA O USO DO TEXTO MULTIMODAL NO ENSINO HÍBRIDO

 

Marion Lucena CAVALCANTE (Mestranda em Linguística Aplicada POSLA/UECE)

E-mail: marion.cavalcante@aluno.uece.br

Flavianne Araújo de SOUSA (Pós-graduanda em Ensino de Língua Portuguesa e Literatura

CED/UECE)

E-mail: flavianne.sousa@aluno.uece.br

 

Palavras-chave: Aulas de redação; pós-pandemia; híbrido; multimodalidade.

 

Este minicurso tem como objetivo apresentar reflexões e proposições sobre as aulas de redação dentro das turmas de fundamental e médio no contexto da pós-pandemia, levando em consideração possíveis adaptações para o ensino híbrido sugerido pela Secretaria de Educação (SEDUC/CE). Colis e Moonen (2001) explicam o ensino híbrido como modalidade que mescla, em seus componentes curriculares, ensino tradicional presencial com o ensino mediado pela tecnologia (on-line ou em rede) – de forma que o ensino on-line se torna para os autores, uma extensão da sala de aula tradicional. Primeiramente, utilizamo-nos das falas de Ribeiro (2016; 2018) e Rojo (2015) para subsidiar a defesa do ensino da redação para além das escritas estruturais de gêneros ensinadas na escola, visto que a produção textual, principalmente na contemporaneidade, deve ser vista a partir da sua importância dentro do desenvolvimento cognitivo, argumentativo e criativo dos alunos. Como afirma Marcuschi (2008), os docentes focalizam as aulas de redação nos desvios ortográficos e morfossintáticos; coerência, coesão, progressão temática não se constituíam em objeto de preocupação. Nessa perspectiva, algumas escolas ainda fazem uso do conceito citado por Marcuschi, ressaltando a importância de refletir sobre novos paradigmas no ensino de redação nas escolas. Sendo assim, diante das bases apresentadas, o minicurso será dividido em dois momentos: i) contextualizar o ensino de redação e apresentar as bases teóricas para ensino híbrido e expor as possibilidades do uso do texto multimodal; ii) apresentar planos de aula e práticas para o uso do texto multimodal no novo contexto de ensino híbrido, após a pandemia do COVID-19, nas aulas de redação. Dessa forma, após o final de cada momento será proposto uma discussão para enriquecer as práticas de aula. E, assim, esperamos contribuir significativamente para aprimorar os estudos sobre redação em sala de aula em um

contexto desafiador para a maioria dos educadores.

 

12. OS RECURSOS FRASEOLÓGICOS NAS AULAS DE PLE (PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA)

 

Ana Paula ALBARELLI (USP)

E-mail: aalbarelli@yahoo.com.br

Katiuscia Cristina SANTANA(USP)

E-mail: kathycris@gmail.com

 

Palavras-chave: Pragmática; ensino; fraseologia

 

A aprendizagem de uma língua estrangeira requer o desenvolvimento de competências comunicativas de ordem linguística, sociolinguística e pragmática na língua-alvo. Entre essas competências, observa-se que um dos fatores mais complexos no ensino de uma língua estrangeira diz respeito à Pragmática, aliada também aos aspectos socioculturais. Por meio de um ponto de vista pragmático-sociocultural, uma das possibilidades de abordagem em aula de língua estrangeira é o estudo dos recursos fraseológicos. Objetivamos analisar, assim, os recursos fraseológicos do Português Brasileiro por meio dos memes utilizados nas redes sociais digitais. O termo “meme” foi criado por Richard Dawkins em 1976 ao escrever sua teoria sobre o processo de transmissão cultural humana. Atualmente, os memes são imagens acompanhadas de texto ou vídeos presentes no mundo virtual. É possível encontrarmos no mundo virtual expressões populares sob forma de publicações públicas ou privadas nas redes sociais digitais, em especial sob formas de memes. Essas acompanham, assim, não só um sentido verbal, mas também um sentido não verbal, representado pelo uso de imagens. Desta forma, o objetivo específico deste minicurso será, sobretudo, estudar a expressividade e os efeitos de sentido das expressões populares na interação, visto que são elementos que escapam muitas vezes do olhar estrangeiro. Com base nos estudos fraseológicos populares no Brasil de Urbano (2009; 2016) e nos parâmetros teóricos da Pragmática de Blum-Kulka (1987), discutiremos o jogo entre imagem e mensagem em um sentido denotativo e conotativo a partir do levantamento de alguns exemplos comuns de memes usados no Brasil, o que gera um efeito de humor ou crítica em discussões on-line. Esperamos uma reflexão mais aprofundada do uso da língua de modo a fornecer ao aluno ferramentas para que ele compreenda também o seu contexto sociocultural.

 

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=QPsXAUUoUys

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=PhWwplmsYLw

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=0KRB5S4Po3U

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13. DE LAÇO DE FITA NO MEU BLACK POWER: TAYÒ, MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA E EMPODERAMENTO FEMININO INFANTIL NEGRO

 

Cláudia Maria Ceneviva NIGRO (UNESP/IBILCE) 1

cmc.nigro@unesp.br

Luana PASSOS(UNESP/IBILCE) 2

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Protagonismo infantil negro. Gênero. Identidade negra. Literatura infantil.

 

Resumo: O protagonismo feminino negro na literatura para crianças e jovens cada vez mais ganha espaço no domínio literário dedicado aos afrodescendentes. São narrativas que, ao tratarem da história, da cultura e da memória afro-brasileira, promovem discussões e reflexões sobre temas étnico-raciais, de identidade, de negritude, de ancestralidade africana e afro-brasileira. Considerando que a identidade se inscreve em toda a sociedade, a partir das obras literárias infantis Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado, e O mundo no Black Power de Tayó, de Kiusam de Oliveira, objetivamos discutir de que forma as protagonistas dessas obras contribuem, ou não, para a formação identitária individual, coletiva positiva e para o empoderamento da menina negra, levando em consideração apontamentos críticos sobre a identidade, o corpo negro, o gênero e a raça. Os conteúdos trabalhados nessa proposta de minicurso estarão ancorados em nossos objetivos e, também, nas reflexões sobre a importância dos estudos sobre as Africanidades e da Educação das Relações Étnico-raciais para a escolha e análise da leitura realizada principalmente em espaços escolares. Para realizarmos tais reflexões, levaremos em conta às contribuições teóricas e críticas de Kuisam de Oliveira (2009, 2013, 2014, 2019, 2020) sobre o protagonismo infantil e o empoderamento de crianças negras; Nilma Lino Gomes (2006, 2019) com as considerações acerca do corpo e do cabelo negro como símbolos da identidade negra; Petronilha Beatriz Gançalvez e Silva (2010) com as questões sobre as Africanidades; Rita de Cássia Fazzi (2012) sobre a discussão racial de crianças brasileiras e Silvio Luiz de Almeida (2019) com apontamentos sobre o racismo estrutural, dentre outros. Recursos utilizados power point e som, animações das obras literárias.

LINK PARA O YOUTUBE (1º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=MFjhEY8zBNQ

LINK PARA O YOUTUBE (2º DIA): https://www.youtube.com/watch?v=12ElcU06S_E

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